terça-feira, 26 de junho de 2012

FUSÕES E AQUISIÇÕE

     Em 2008 postamos aqui no blog da Divelog sobre este mesmo tema. Hoje novamente abordaremos o assunto Fusões e Aquisições, porém com a colaboração do Sr. Ricardo Albert Schmitt.
Ricardo é Economista graduado pela UFRGS, Especialista em Economia Empresarial e Mercado de Capitais, e Sócio da StoneCapital Investimentos, de Caxias do Sul, especializada em Fusões e Aquisições.
Temos então a honra de publicar suas palavras sobre o tema:

        Fusões e Aquisições, também conhecidas pela sigla M&A (Mergers and Acquisitions em inlgês), assim como todo o tipo de atividade empresarial, afetam a sociedade e tem profunda relação com os ciclos econômicos. Com o crescimento das nações, do comércio internacional e com a modernização dos meios de comunicação, as fusões e aquisições passaram a ter importância na vida do administrador, constando na pauta de assuntos estratégicos das empresas.
      Mas o que leva um empresário a decisão de comprar (investir) em uma empresa ou de vender (desinvestir) seu negócio? Qual é o melhor momento para fazê-lo? Quais cuidados devem ser tomados para que esta decisão, que muitas vezes envolve mais valores sentimentais do que econômico-financeiros, seja uma decisão acertada? 
        A provocação é apenas uma forma de mostrar que uma operação de compra e venda de uma empresa é um assunto complexo, que envolve conhecimentos e habilidades multidisciplinares e que precisa ser conduzido de forma profissional, com a devida seriedade e compromisso. Para tentar responder as perguntas feitas no início do texto, conceituemos alguns aspectos:
     Decisão: a decisão de comprar ou vender um negócio, independente do seu tamanho, precisa ser consequência de muito estudo e preparação. Não é recomendado ao empresário fazer qualquer movimento neste sentido sem antes haver planejado o que fazer, como fazer e principalmente, por que fazer. Se há dúvidas sobre quanto vale a empresa que se quer negociar, não negocie. Contrate alguém para ajudar a calcular o preço justo da negociação. 
     Confidencialidade: o sigilo é a base para qualquer negociação envolvendo um interessado em comprar e um interessado em vender. A venda de um negócio requer exposição, abertura de informações e riscos. Não se vai a uma reunião de negociação sem antes ter garantido juridicamente a confidencialidade entre as partes negociantes.
      O momento certo: cada empresário tem o seu momento certo de pensar em uma venda, por exemplo, que pode ser baseada na falta de sucessão, no conflito com outros sócios, na vontade de dedicar-se a outra atividade. Lembre-se de que o cenário econômico influencia as decisões de venda e de compra. Sob o aspecto do ambiente externo à empresa, o melhor momento de vender é quando a economia mostra-se em crescimento e com boas perspectivas, como é o momento atual para o Brasil, quando as empresas estão mais valorizadas aos olhos de quem tem intenção de investir. Não espere sua empresa sofrer com a falta de recursos ou com o envelhecimento do parque fabril para pensar no assunto. Quanto mais moderna, rentável e organizada é a empresa, mais atrativa será para um possível interessado.
      Para quem vender? A resposta para esta pergunta tem muita relação com o tamanho do negócio que se quer vender. Empresas consideradas “pequenas” atraem interesse de compradores do próprio segmento de atuação (os concorrentes) e de segmentos relacionados. São os chamados investidores estratégicos. Empresas maiores despertam a atenção de outro tipo de investidor, o investidor profissional, também conhecidos no mundo da administração como Fundos de Private Equity.

Independente da decisão de comprar ou de vender uma empresa, a dica é: analisar o momento econômico, avaliar bem o negócio, estar seguro da decisão a ser tomada e então agir, tendo como companhia a cautela e muita atenção.

 Ricardo Albert Schmitt



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