quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A COMPETÊNCIA LOGÍSTICA NA GESTÃO PÚBLICA

Por Mauro R. Schlüter
mauro@ipelog.com

A evolução econômica das empresas e cadeias que estão inseridas em filosofias capitalistas está embasada na conquista ou proteção de mercados frente aos seus concorrentes. De certa forma o homem busca replicar aquilo que ocorre na natureza, onde os algoritmos genéticos permitem a sobrevivência das espécies mais competitivas no ambiente em que vivem. A evolução econômica baseada nos incrementos de competitividade, proporciona produtos melhores e mais baratos aos consumidores e por conseqüência as empresas são recompensadas com o lucro. O lucro é a evidência da competitividade das empresas e cadeias.
Para alcançar os seus objetivos, as empresas lançam mão de métodos, técnicas e ferramentas baseadas nos ganhos de competitividade que elas proporcionam aos seus negócios. Dentre as técnicas surgidas nos últimos anos, destaca-se a Logística Empresarial. A Logística Empresarial teve como inspiração a Logística Militar, cujo objetivo é a gestão sistêmica das operações para apoiar as conquistas e defesas de territórios. A adaptação deste objetivo para o meio empresarial é fácil de realizar, basta trocar da palavra “território” para “mercado” para termos uma idéia geral sobre os objetivos da Logística Empresarial.
No âmbito mundial, as empresas com as melhores práticas de logística possuem diretorias específicas para esta competência, com visão sistêmica, abrangendo as áreas de suprimento, produção, distribuição e serviços ao cliente com forte interface de modelos quantitativos. O sucesso que estas práticas de logística vêm proporcionando às empresas gerou a extrapolação dos conceitos para as cadeias produtivas, notadamente nas do tipo supply-chain (cadeia de suprimentos). O supply-chain é a gestão sistêmica das operações das empresas, conectadas uma-a-uma, que fazem partes, conjuntos e sub-conjuntos de um produto de consumo final, tendo como base as exigências do mercado consumidor deste produto.
Nas atividades desenvolvidas pelo poder público, a existência de um mercado cativo e sem competidores prejudica o esforço natural de busca pela competitividade, inibindo assim a evolução sócio-econômica dessas atividades. Dessa forma a sua evolução sócio-econômica pode ser afetada pela inexistência de necessidade de competitividade, uma vez que os usuários dos seus serviços são cativos. O resultado, de forma geral, é a ruptura de sinergia das ações operacionais que visam suprir de forma satisfatória as necessidades que constituem as demandas da sociedade.
A ocorrência deste fato não é diferente quando se trata de atender as demandas por competitividade logística das empresas e cadeias produtivas do país. A evidência deste problema é amplamente divulgada pela imprensa, mostrando a falta de investimentos em infraestrutura logística. O estado é um ator de peso através da forte interferência na regulamentação sobre o funcionamento dos modais (exceto o rodoviário), tanto nas permissões de operações de transporte, de vias e de terminais, bem como investidor da infra-estrutura viária e de terminais (aí incluído o rodoviário).
Algumas ações do poder público podem ser vislumbradas, porém de forma tímida, ou tardia ou ainda não sistêmica. A criação de agências reguladoras é um passo importante, porém a falta de convergência de objetivos das próprias agências em relação a competitividade logística do país poderá ser um obstáculo a médio e longo prazo. Outros exemplos são louváveis, ainda que tardios como por exemplo o PAC e o PNLT, porém necessitam de implementação urgente.

Desde já agradeço pela atenção

Junior Cavalca – Divelog Soluções em Logística
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sábado, 1 de agosto de 2009

CURSAR TÉCNICO, TECNÓLOGO OU PÓS-GRADUAÇÃO EM LOGÍSTICA?

Por:
Mauro Roberto Schlüter
mauro@ipelog.com

Seguidamente sou questionado por profissionais de logística acerca da melhor forma de iniciar a sua busca por conhecimento formal acadêmico sobre logística. Isto ocorre com principalmente com aqueles profissionais que já trabalham nas áreas compreendidas pela logística (suprimento, produção, distribuição, utilização e reversão), em seus diversos níveis hierárquicos, Pois bem, cabe relembrar para que âmbito de competência serve cada um dos cursos mencionados no título deste artigo.

Técnico em Logística:
Os cursos técnicos de logística empresarial são cursos de nível médio, voltado para os profissionais que atuam nas áreas operacionais da logística e cujo âmbito de gestão envolve somente poucos processos (não mais do que 5 processos logísticos). As disciplinas deste curso abrangem temas voltados para atuação focada em operações, com horizonte de tempo extremamente curto (via de regra não mais do que 3 dias a uma semana). Estes cursos passam informações básicas sobre tipos de equipamentos de movimentação, instalações de armazenagem, formas e tipos de instalações para armazéns, sistemas de reposição, etc.

Tecnólogo em Logística:
Os cursos de tecnólogo em logística são cursos de nível superior, voltados para profissionais que já atuam por um bom tempo na área ou para estudantes que já cursaram o técnico em logística. O âmbito de gestão abrange o nível tático de subsistemas da logística através de cargos que podem ser de supervisão, gerência, coordenação, etc. e o horizonte de planejamento e decisões abrange de mais de uma semana, até seis meses ou em alguns casos, cerca de um ano. Os cursos de tecnólogo buscam a construção do conhecimento a partir de modelos e técnicas de gestão logística, tais como custo logístico total, técnicas de design de redes, controle de KPI’s, etc.

Especialização e MBA em Logística:
Ambos os cursos são considerados pelo MEC como pós-graduação lato-sensu e são voltados para profissionais de cargos estratégicos de alta gerência e direção do sistema logístico, onde as decisões repercutem no sistema e no longo prazo (de seis meses, até cinco anos). A construção do conhecimento neste nível de capacitação envolve a análise e avaliação dos métodos e modelos de gestão, tais como: modelos matemáticos utilizados em pacotes computacionais, elaboração de KPI’s e suas métricas, métodos de gestão (puxado, empurrado, híbrido, etc.).

Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado:
Estes cursos são orientados especificamente para gestores de poucas empresas, especialmente aquelas mais complexas, voltados para cargos de staff ou então para consultores de alta performance. Além disso, são especialmente indicados para quem deseja pesquisar sobre logística e contribuir para construção do conhecimento junto aos alunos de todos os níveis.

A escolha do tipo de curso mais adequado para sua carreira depende de vários fatores, que serão objeto do artigo da próxima semana.

Desde já agradeço pela atenção

Junior Cavalca – Divelog Soluções em Logística
E-mail – junior@divelog.com.br
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